terça-feira, março 15, 2005

É o que se pode arranjar

Muito se tem falado da qualidade (ou falta) do campeonato de futebol da primeira liga. A culpa disto , infelizmente, é do Porto porque nos últimos 2 anos nos habituou a bom futebol e desta forma sobrevalorizou o nosso campeonato. A real qualidade do campeonato é a que estamos a ter este ano. Num campeonato em que a liga é fraca, os dirigentes são fracos, os treinadores são fracos, os jogadores são fracos, os árbitros são fracos... não se podia ter muito mais do que temos.
Portugal só tem acesso a grandes jogadores de três formas:

  • se eles forem criados cá (Figo, Rui Costa, Cristiano Ronaldo, Simão ou até Deco) – mas estes normamente não ficam por cá muito tempo;
  • se forem os clubes portugueses a descobri-los (Liedson, Luisão) – e também não devem ficar por cá muito tempo;
  • ou se já vierem recambiados de algum clube europeu (Rochemback, Giovanni, Pinilla, McCarthy) – quando assim é quer dizer que esses clubes europeus têm melhor.
    Os grandes jogadores preferem ir para campeonatos como o espanhol, inglês ou italiano, onde podem jogar por grande clubes (veja-se o exemplo de Maxi Lopez que se falou para o Benfica e acabou no Barcelona), ou mesmo não jogando em grande clubes recebem muito mais do que receberiam em Portugal (Pandiani, outro dos que se falou para o Benfica, preferiu ir para o Birmingham).

Em conclusão “Não se podem fazer omeletas sem ovos”, e neste campeonato onde os ovos escasseiam estou cada vez mais convencido que o pragmatismo de Trapattoni é a táctica ideal a utilizar.

Sem comentários: